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França espera comparecimento recorde nas urnas para conter extrema-direita

Franceses voltam às urnas neste domingo (7) para o 2º turno da eleição legislativa

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França espera comparecimento recorde nas urnas para conter extrema-direita
Reuters

Os franceses vão às urnas neste domingo (7) para o segundo turno das eleições legislativas. Estão em disputa as cadeiras da Assembleia Nacional e a indicação de um novo primeiro-ministro. Caso a vitória do partido Reunião Nacional, de Marine Le Pen, se confirme, a França terá um governo de coabitação, quando o presidente e o premiê são de legendas distintas.

O triunfo da extrema-direita será a primeira em 80 anos e é vista como uma derrota para o presidente Emmanuel Macron, que seguirá no poder até 2027.

A Reunião Nacional conseguiu quase 34% dos votos no primeiro turno, mas pesquisas recentes parecem indicar um fortalecimento da aliança entre legendas de esquerda e os centristas comandados pelo presidente francês.

Ao todo, estão em disputa 501 das 577 cadeiras do parlamento. Caso consiga eleger 289 deputados, Le Pen conseguirá indicar o futuro primeiro-ministro, que é responsável pelas questões internas da França. Já o presidente comandaria as relações exteriores e a Defesa.

Para tentar conter a extrema-direita, a Nova Frente Popular, de esquerda, e o Juntos, de Macron, retiraram candidatos menos competitivos da disputa para não dividirem os votos.

Na mais recente contagem de eleitores, cerca de 26,63% dos votantes já tinha participado do pleito até o início da tarde na França. As urnas ficam abertas até 15h no horário de Brasília. E os resultados devem ser conhecidos já no início da noite de domingo.

O percentual de comparecimento está levemente acima do primeiro turno e a expectativa é de um recorde no comparecimento nas sessões eleitorais. O voto não é obrigatório na França e o número de votantes não costuma passar dos 50% dos registrados.

O presidente Emmanuel Macron votou ainda pela manhã ao lado da esposa Brigitte. Assim como o atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, já depositou o voto na urna.

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